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Tarô
Tarô

O Tarô é um baralho composto por 78 cartas (ou lâminas).
Essas lâminas são dividias da seguinte forma:
22 arcanos maiores (costumamos chamar cada lâmina do Tarô de arcano) e 56 arcanos menores.
Os arcanos maiores ilustram situações arquetípicas (comum a todo o ser humano).
Existem situações que toda a pessoa vive, e de tanto se repetir desde o início dos tempos estão fixadas no inconsciente coletivo.
Podemos citar como exemplo o arcano 0 ou sem número do Tarô – O Louco.
Esse arcano trás o vazio absoluto e a potencialidade total, aquele que não é nada e pode ser tudo. Ele vem antes mesmo do primeiro passo.
Todos nós nos deparamos com o Louco pelo menos uma vez na vida, senão várias.
O Louco é o filho no ventre da mãe, a ideia no inconsciente, a semente a germinar.
E assim seguimos com o arcano 1 – O Mago – Cada primeiro passo em uma nova jornada, o arcano 2 – A sacerdotisa – Nosso inconsciente...e assim por diante até o arcano 22.
Já os arcanos menores ilustram situações práticas do nosso dia a dia. E são divididos em quatro elementos, que representam os quatro pilares da nossa existência:
·         Elemento Fogo, representado pelo naipe de paus, representa nosso espírito, a inspiração, a chama da vida.
·         Elemento Ar, representado pelo naipe de espadas, é o nosso mental, a racionalização, os conflitos.
·         Elemento Água, naipe de copas, são os nossos sentimentos, a afetividade, o amor.
·         Elemento Terra, naipe de ouros, é o material, o concreto, nosso sustento.
Cada naipe traz as cartas numeradas de 1 a 10, que mostram as etapas vividas em cada uma das áreas acima e quatro cartas da corte (Pagem, Cavaleiro, Rainha e Rei) que mostram personalidades, características humanas dentro de cada elemento.
O Tarô funciona trazendo essas imagens comuns a todo o ser humano e assim, com suas figuras, despertando o que já sabemos, mas na confusão do dia a dia não conseguimos perceber.
 
Fonte: http://listarologa.blogspot.com.br/2012/04/estrutura-do-taro.html


Origens do Tarô

    É para a Europa, especificamente o norte da Itália, que devemos nos voltar para encontrar as primeiras manifestações do jogo do 78 cartas que hoje conhecemos pelo nome de Tarot. E, a julgar pelos mais antigos exemplares conservados, as mudanças sofridas ao longo do tempo foram muito menores do que se poderia esperar: os quatro naipes conhecidos hoje são os mesmos dos jogos italianos desde sempre: Copas, Espadas, Paus e Ouros. Além das dez cartas numéricas, as figuras são em número de quatro, para cada naipe: um rei, uma rainha (ou dama), um cavaleiro e um valete. Restam ainda 22 cartas especiais que, de certo modo, formariam um quinto naipe e que os documentos italianos denominam de trionfi (trunfos) e, os franceses, atouts, com o mesmo sentido de trunfo, ou seja, de cartas que se sobrepõem às demais.

 Restaram inúmeras cartas de tarô pintadas à mão, do século XV. São os mais antigos legados históricos, que estão sob guarda de museus ou em posse de colecionadores.

 

Registros concretos

    Não se sabe ao certo a origem das cartas do baralho tradicional. Nem se pode afirmar, com certeza, se o conjunto dos 22 trunfos ou Arcanos Maiores – com seus desenhos emblemáticos – e as muito bem conhecidas 56 cartas dos chamados Arcanos Menores – com seus quatro naipes – foram criados separadamente e mais tarde combinados num único baralho, ou se, desde seu nascimento, tiveram a forma de um baralho de setenta e oito cartas.

     Existe, no entanto, um ponto de concordância entre a maior parte dos estudiosos: raros imaginam que se trataria de alguma manifestação ingênua de “cultura popular” ou de “folclore”. Ao contrário, a abstração das 40 cartas numeradas, bem como as evocações simbólicas dos trunfos, permitem associações surpreendentes com inúmeras outras linguagens simbólicas. Sugerem uma produção muito bem elaborada, um trabalho de Escola.

     A maior parte dos estudiosos consideram os 22 trunfos – os atualmente denominados "arcanos maiores" – uma criação do norte da Itália, como atestam as cartas do Tarot Visconti Sforza. Já as dúvidas aparecem quando se trata do conjunto das cartas numeradas – atualmente conhecidas por "arcanos menores" ou "baralho comum" –, que poderiam ter sido levadas pelos árabes à Europa durante a Idade Média. Existem menções às "cartas sarracenas" em registros do séc. 14.

     Anteriores às lâminas apresentadas acima, encontramos apenas referências a um “jogo de cartas”. É bastante citado, nos estudos de Tarô, o nome de Johannes, monge alemão que escreveu em Brefeld, na Suíça, que “um jogo chamado jogo de cartas (ludus cartarum) chegou até nós neste ano de 1377”, mas declara expressamente não saber “em que época, onde e por quem esse jogo havia sido inventado”. Sobre as cartas utilizadas, diz que os homens “pintam as cartas de maneiras diferentes, e jogam com elas de um modo ou de outro. Quanto à forma comum, e ao modo como chegaram até nós, quatro reis são pintados em quatro cartas, cada um deles sentado num trono real e segurando um símbolo em sua mão”.
   
     Há outra menção, ainda no século XIV, embora não tenha restado exemplar algum das referidas cartas: nos livros de contabilidade de Charles Poupart, tesoureiro de Carlos IV, da França, existe uma passagem que declara que três baralhos em dourado e variegadamente ornamentados foram pintados por Jacquemin Gringonneur, em 1392, para divertimento do rei da França.

Variantes

    Numa composição diferente, com 50 cartas divididas em 5 séries de 10 cartas cada, existem vários exemplares do jogo chamado Carte di Baldini (c. 1465), também conhecido como os Tarocchi de Mantegna, nome de um dos mais importantes pintores do norte da Itália no séc. XV.
    Alem de estruturas diferentes, exemplificada com o Tarô de Mantegna, existem inúmeros exemplos posteriores de acréscimo de cartas – como é o caso do I Tarocchi Classici – e de cortes e supressões que acabaram por originar jogos que se tornaram populares: Tarô Lenormand, também conhecido como Baralho Cigano.
 Fonte: Clube do Tarô. Autor: Constantino K. Riemma

 

Adivinhação e Autoconhecimento: duas visões excludentes  

Atualmente, o Tarô é usado a partir de duas visões radicalmente diferentes e excludentes, que são a adivinhatória ou futurológica e a de autoconhecimento. Enquanto o Tarô adivinhatório pretende conhecer o futuro, o Tarô de autoconhecimento procura a transformação do ser humano. O Tarô adivinhatório pretende conhecer fatos, o Tarô de autoconhecimento pretende compreender os fatos conhecidos. Existem diferentes modalidades de Tarô de autoconhecimento. Cabe destacar a linha Junguiana, a de Jodorowsy e a minha que , a partir de 1987, chamo Tarô Terapêutico. O Tarô Terapêutico tem como objetivo sintonizar o indíviduo com a sua essência e identificar e ajudar a resolver bloqueios, medos e padrões de comportamento que dificultam sua realização plena. Para o Tarô Terapêutico, o centro não está nos fatos e circunstâncoias, mas no indivíduo que os vive.

Fonte: PRAMAD, Veet. Curso de Tarô e seu uso Terapêutico. Editora Madras.

Curiosidades...

 
Você sabia que...

O tarot não foi sempre confeccionado em pequenos pedaços de cartão. Antigamente ele era impresso em tábuas de madeira e era reservado para os feirantes, pois na época medieval era comum os ciganos e bruxos preverem o futuro em feiras e romarias. Após algum tempo, quando a novidade chegou aos ouvidos da realeza, muitas famílias reais ainda não cristãs mandaram fabricar um baralho de tarot personalizado. Era um costume comum e como em tábua era algo pouco estético ou "rico", começou a ser produzido em pequenos pedaços de cartão ornamentados com ouro e pintados nas mais caras aquarelas.

Segundo o tarólogo e escritor Giancarlo Kind Schimid, no século XIV o tarot era usado de forma lúdica pelos nobres e se transformou em uma febre nos séculos XV, XVI e XVII, espalhando-se pela Itália, Espanha e França, seus principais fabricantes na época. O custo de fabricação de um baralho de tarot era muito alto pois tudo era feito manualmente, sendo até mesmo folheado a ouro, sem os recursos da imprensa moderna. Devido a isso, cada baralho ficava restrito à elite, e inclusive era usado como forma de pagamento de tributos, como presente real ou para diversão e entretenimento da nobreza.

Liliane Mattoso, terapeuta holística e pesquisadora, nos conta que o baralho de tarot mais popular foi o de Marselha, usado a partir da Idade Média como forma de distração da corte francesa. Pesquisas mostram que o baralho de cartas comuns usado atualmente como jogo de azar e distração é proveniente deste tarot, embora especule-se que a origem do mesmo venha do jogo de xadrez. Obviamente existe nesse uso uma forma de "mascarar" seu real conteúdo, pois na Idade Média a leitura de oráculos divinatórios era tida como algo demoníaco, indo contra as leis da Igreja Católica. E foi através desse oráculo e de alguns artifícios que os "pagãos" mantiveram as tradições escondidas dos "não-iniciados".

O uso do tarot para adivinhação vem sendo debatido há muito tempo. No início o tarot não era visto como um jogo de adivinhação , pois não constam registros de seu conteúdo como oráculo nos séculos XIV, XV E XVI. Essa função só surgiu tempos depois, principalmente através das mulheres, que usavam muito o conteúdo divinatório. Antes disso, era muito usado como jogo lúdico ( semelhante ao Bridget) pelos nobres, popularizando-se entre o público depois em todos os seus formatos. 
 
Bem no começo de sua história, as cartas de tarot chegaram às mãos dos ciganos, quando eles chegaram à Espanha vindos do norte da África. Popularmente, eles usavam o tarot para ganhar dinheiro, lendo a sorte em tendas e carroções nas feiras e festivais, motivo esse que levou muitas pessoas a acreditarem que os ciganos haviam inventado o tarot, o que atualmente as pesquisas mostraram que não é verdade.
 
Fonte: http://www.planetaesoterico.com.br/tarot/curiosidades-do-jogo-de-tarot/curiosidades-do-jogo-de-tarot.html